Projektin Desafio da Natureza Urbana 2021: Brasília e Região, Brasil Päiväkirja

Päiväkirja-arkisto kohteelle maaliskuu 2021

maaliskuu 15, 2021

Lepidópteros - Espécies miméticas ou visualmente similares

<-- Revisado -->

O iNaturalist tem um volume significativo de observações erroneamente identificadas. Como é uma comunidade composta por pessoas com variados graus de conhecimento e, também, por ser um sistema baseado principalmente em registros fotográficos, é frequente a ocorrência de tais erros. Adicionalmente, muitas espécies são morfologicamente parecidas e confundem os observadores e identificadores.

Uma outra causa vem do próprio software de reconhecimento “visual” do iNat (Inteligência Artificial) que não considera, ainda, a região geográfica da observação na filtragem das espécies de ocorrência potencial. O mecanismo de sugestão de espécies, além disso, quando “reconhece” algo, afirma “ter certeza” de ser um táxon determinado. Assim, é desejável que os usuários pesquisem no próprio iNat ou em fontes externas se a espécie sugerida realmente está presente no Estado ou no bioma onde o “ser” foi observado.

Entre os lepidópteros – e outros grupos taxonômicos - ocorrem muitos casos de aparente similaridade morfológica ou de mimetismo. Este último é uma estratégia evolutiva bem descrita por este artigo wikipedia.

Neste boletim apresentarei algumas espécies de ninfalídeos e papilionídeos que, em função de características morfológicas, confundem usuários com olhos “menos treinados”.

O título das imagens abaixo pode ser clicado e mostrará dados adicionais sobre a espécie na página do táxon no iNaturalist (mapa de distribuição, classificação taxonômica, outras espécies similares, etc). Altere o filtro da localidade e o mapa mostrará as observações na área selecionada. Clicando sobre a imagem, todas as observações existentes na base dados do iNaturalist para o Cerrado serão apresentadas, quer estejam em Grau de Pesquisa ou ainda necessitem de identificação/confirmação. Nos comparativos entre espécies, miméticas ou não, a abrangência geográfica poderá ser o Brasil, caso envolva espécies de biomas diferentes.

Para simplificar, considerarei os grupos seguintes como sendo de "padrão mimético", ainda que, rigorosamente falando, possam não ser formados por uma espécie "modelo" e uma ou mais borboletas "mímicas".

Espécies do padrão mimético "besckei"

Heliconius besckei

Distribuição: Bahia, Tocantins, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro e em toda a Região Sul até o norte da Argentina.

Heliconius erato phyllis

Distribuição: desde o México até a Argentina.

Eresia lansdorfi

Distribuição: Brasil, nordeste da Argentina, Paraguai, Uruguai e Peru.

Espécies do padrão mimético "ethilla"

Heliconius ethilla narcaea

Distribuição: entre Alagoas e o Rio Grande do Sul até o Paraguai.

Mechanitis polymnia casabranca

Distribuição: centro, sudeste e sul do Brasil.

Mechanitis lysimnia lysimnia

Distribuição: sul do México até o Uruguai.

Placidina euryanassa

Distribuição: sudeste do Brasil até o Uruguai e nordeste da Argentina.

Espécies do padrão mimético "Danaus"

Danaus erippus

Distribuição: Brasil, Uruguai, Paraguai, Argentina, Bolívia, Chile e sul do Peru.

Danaus gilippus

Distribuição: sul dos EUA, América Central, América do Sul, trópicos e regiões temperadas da África e Asia.

Danaus plexippus

Distribuição: Nativas da América do Norte e do Sul, têm ampla distribuição nas Américas e também foram reportadas na Nova Zelândia e Austrália. No Brasil estão presentes nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

Limenitis archippus

Distribuição: EUA e partes do Canadá e México.

Espécies do padrão mimético "Ithomiine"

Gênero Ithomia

Distribuição: Ver mapa de ocorrências registradas no SIBBR

Gênero Oleria

Distribuição: Ver mapa de ocorrências registradas no SIBBR

Gênero Aeria

Distribuição: Ver mapa de ocorrências registradas no SIBBR

Gênero Napeogenes

Distribuição: Ver mapa de ocorrências registradas no SIBBR

Siderone galanthis X Callicore sorana

Distribuição S. galanthis: Brasil, Colombia, Cuba, México, Hispaniola (Ilha de São Domingos), Suriname, Trinidade e Tobago.

Distribuição C. sorana: Caatinga, Cerrado e da Bolívia até a Argentina.

Papilio anchisiades X Parides anchises

Distribuição P. anchisiades: Desde o sul do Texas, EUA até a Argentina.

Distribuição P. anchises: Sul do México, Panamá, norte da Colômbia, do oeste da Venezuela até Trinidade descendo até o Brasil central e Paraguai.

Espécies Actinote

Gênero Actinote

Distribuição: Ver mapa de ocorrências registradas no SIBBR

O gênero Actinote tem várias espécies bastante similares entre si. Vale citar: A.pellenea, A. carycina, A. discrepans e A. melanisans, entre outras. Nem todas ocorrem no Cerrado mas, clicando na imagem abaixo, um quadro geral das espécies citadas será mostrado para o Brasil, permitindo a comparação entre elas. Não pude fazer isto diretamente neste artigo por falta de imagens próprias e/ou licenciadas por Creative Commons para as duas últimas espécies.

Actinote parapheles

Distribuição A. parapheles: Distrito Federal, Espirito Santo, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo e Paraguai.

Actinote pellenea X Actinote carycina

Distribuição A. pellenea: Bahia, Espirito Santo, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo.

Distribuição A. carycina: Distrito Federal, Espirito Santo, Minas Gerais, Paraná, Rio Grand do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Paraguai e Argentina.

Vários padrões miméticos de outras famílias de Lepidópteros não foram apresentados aqui, inclusive em outros estágios de vida. No entanto, este artigo já está muito longo e, oportunamente, escreverei outros abordando Pieridae, Hesperidae, Nymphalidae e mariposas, além de lagartas.

Não sendo um especialista em nenhum dos assuntos aqui tratados, peço a colaboração da comunidade (críticas, sugestões, ideias, fontes, autorizações para uso de imagens, etc) para dar continuidade na escrita de artigos que possam, espero, auxiliar na identificação das espécies observadas.

Julkaistu maaliskuu 15, 2021 05:12 IP. käyttäjältä douglas-u-oliveira douglas-u-oliveira | 0 kommenttia | Jätä kommentti

maaliskuu 18, 2021

Mimetismo e camuflagem em Mariposas

Mimetismo

Jadranka Rota e David L. Wagner conduziram um estudo (em inglês) que demonstra a ocorrência de mimetismo em mariposas do gênero Brenthia. O resumo do trabalho informa: “… relatamos evidências de um caso de mimetismo em que mariposas metalmark do gênero Brenthia imitam aranhas saltadoras, um de seus predadores. Em testes controlados, Brenthia teve taxas de sobrevivência mais altas do que outras mariposas de tamanho semelhante na presença de aranhas saltadoras e estas responderam à Brenthia com exibições territoriais, indicando que eram, às vezes, confundidas com aranhas saltadoras em vez de serem reconhecidas como presas...”

Um cientista brasileiro, Felipe Amorim, biólogo e professor de ecologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp), propôs uma nova hipótese de mimetismo além das quatro aceitas atualmente.

Ele estudou a relação entre polinização no Cerrado e mariposas esfingídeas do gênero Aellopos (como esta A. Titan em foto de Carlos A. S. Correia). Felipe verificou a semelhança entre essas e beija-flores, especialmente do gênero Lophornis (na imagem, um L. Chalybeus fotografado por Ben Tavener), findando por publicar, em 2020, este artigo (em inglês). A nova hipótese seria, então, um tipo de mimetismo onde uma espécie imita uma outra sem relação direta com ela afim de se proteger dos seus predadores naturais (aves insetívoras, neste caso, que confundem a mariposa (reino Insecta) com outra ave (reino Animalia).

Existem muitos outros casos de mimetismo envolvendo alterações morfológicas externas em mariposas. Lagartas da espécie Eumorpha labruscae se parecem com cobras. Também já foi identificado um tipo de mimetismo acústico onde algumas espécies de mariposas-tigre desenvolveram a capacidade de “informar” a certos morcegos insetívoros que não são palatáveis.

Camuflagem

Por outro lado, um sem número de espécies de mariposas adotam a camuflagem como forma de proteção contra predadores. Muitas se parecem com troncos, galhos, folhas verdes ou secas. Algumas têm olhos desenhados nas asas o que as torna “parecidas” com corujas aos olhos dos seus predadores.

Comportamento evasivo

Muitas mariposas possuem o corportamento peculiar de fugir de predadores ou de perturbações ambientais voando e pousando na parte de baixo de folhas. As do gênero Herpetogramma, geralmente minúsculas, frequentam gramados de todo e qualquer jardim, sendo exímias em se esconder por trás das folhas estreitas das gramíneas

Abaixo alguns exemplares deste grupo taxonômico.

Julkaistu maaliskuu 18, 2021 12:50 IP. käyttäjältä douglas-u-oliveira douglas-u-oliveira | 0 kommenttia | Jätä kommentti